Maior cápsula do tempo do mundo vai ser aberta em breve

A maior cápsula do tempo do mundo, localizada em Seward, Nebraska, será aberta em 5 de julho de 2025, exatos 50 anos após seu fechamento em 1975. Construída por Harold Keith Davisson, um comerciante local, a cápsula é um projeto caseiro que consiste em um cofre de 45 toneladas enterrado sob um monte de terra no gramado de sua loja de móveis e eletrodomésticos. Diferentemente de cápsulas institucionais, esta reflete a visão pessoal de Davisson de preservar o cotidiano de sua era para as futuras gerações, especialmente seus netos.

A cápsula contém cerca de 5 mil itens variados, como uma calcinha de biquíni, um terno masculino com flores bordadas e até um Chevy Vega novo, escolhido por ser o carro mais barato disponível na época. Trish Johnson, filha de Harold e atual “Guardiã da Cripta”, revelou que os itens foram coletados graças à loja de variedades do pai, que facilitou a reunião de objetos diversos. Apesar de lacrada, essas informações dão uma prévia do que será descoberto na abertura.

Harold almejava criar a maior cápsula do tempo do mundo, feito que lhe rendeu um registro no Guinness Book de 1977. Isso gerou uma disputa com a Universidade Oglethorpe, que reivindicava o título para sua “Cripta da Civilização”. A controvérsia foi encerrada quando o Guinness removeu a categoria, mas Harold, determinado, construiu uma segunda cápsula em 1983, abrigada em uma pirâmide de concreto sobre a primeira, consolidando seu projeto como o maior.

A segunda cápsula, segundo Johnson, inclui itens como um carro usado (provavelmente um Datsun ou Toyota 1975), listas telefônicas e embrulhos deixados por moradores de Seward. A pirâmide de concreto também protege a cápsula original, garantindo sua preservação. O projeto reflete a excentricidade e o compromisso de Harold em deixar um legado histórico.

Embora cápsulas do tempo geralmente despertem pouco interesse até serem abertas, a de Davisson se destaca por sua escala e história. Harold, que faleceu em 1999 aos 91 anos, não viveu para ver a abertura, mas conheceu seus netos e compartilhou com eles seu mundo. A abertura da cápsula promete revelar não apenas os itens preservados, mas também um retrato único da vida nos anos 1970, capturado pela visão de um homem comum com um sonho grandioso.